quinta-feira, 28 de março de 2024

Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor - Mês de São José

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
- Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
MISSA DA VIGÍLIA
 
«Jesus de Nazaré, o Crucificado. Ressuscitou» (Mc 16,1-7)
 
Mons. Ramon MALLA i Call Bispo Emérito de Lleida (Lleida, Espanha)
 
Hoje, a Igreja celebra com júbilo a festa principal: o triunfo de sua Cabeça, Cristo Jesus. A Ressurreição de Jesus Cristo é um fato do qual não podemos duvidar. É compreensível que não seja estranho que um fato celestial, um corpo ressuscitado, não possa ser captado por meios terrenais. Mas, logo Maria Madalena e a mãe do Apóstolo Thiago, recebiam um testemunho indubitável, comprovado depois com muitas aparições, realizadas de modo tal que excluem totalmente a suspeita de alucinações. «Não vos assusteis! Procurais Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui! Vede o lugar onde o puseram!» (Mc 16,6).
 
Além do gozo pelo fato da Ressurreição de Cristo, este acontecimento nos trai a alegria de contar com uma resposta, jubilosa e clara, aos interrogantes do homem: Que nos espera no final da vida? Que sentido tem o sofrimento na Terra? Não podemos duvidar que, depois da morte, espera-nos uma vida nova, que será eterna: «Lá o vereis, como ele vos disse!» (Mc 16,7). São Paulo o afirma com grande convencimento: «E, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele. Sabemos que Cristo, ressuscitado, dos mortos, não morre mais. A morte não tem mais poder sobre ele» (Rom 6,8-9). Logicamente, à interrogante sobre o final da vida, o cristão responde com alegre esperança.
 
O Evangelho de hoje ressalta que o jovem —o anjo— que fala às mulheres, une os dois conceitos de dor e glória: O que ressuscitou no mesmo que foi crucificado. Diz são Leão Magno: «...(pela tua cruz) os crentes recebem a força da debilidade, glória do opróbio e, vida da morte», as cruzes quotidianas são, então, caminho da Ressurreição.
 
MISSA DO DIA
 
1ª Leitura (At 10,34a.37-43): Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-no, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se¬, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É d'Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
 
Salmo Responsorial: 117
R. Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria.
 
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia. Diga a casa de Israel: é eterna a Sua misericórdia.
 
A mão do Senhor fez prodígios, a mão do Senhor foi magnífica. Não morrerei, mas hei-de viver, para anunciar as obras do Senhor.
 
A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular. Tudo isto veio do Senhor: e é admirável aos nossos olhos.
 
2ª Leitura (Col 3,1-4): Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, então também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
 
SEQUÊNCIA PASCAL
 
À Vítima pascal Ofereçam os cristãos sacrifícios de louvor O Cordeiro resgatou as ovelhas: Cristo, o Inocente, reconciliou com o Pai os pecadores.
 
A morte e a vida travaram um admirável combate: depois de morto, vive e reina o Autor da vida. Diz-nos, Maria: Que viste no caminho? Vi o sepulcro de Cristo vivo, e a glória do ressuscitado. Vi as testemunhas dos Anjos, vi o sudário e a mortalha.
 
Ressuscitou Cristo, minha esperança: precederá os seus discípulos na Galileia. Sabemos e acreditamos: Cristo ressuscitou dos mortos: Ó Rei vitorioso, tende piedade de nós.
 
Aleluia. Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado: celebremos a festa do Senhor. Aleluia.
 
Evangelho (Jo 20,1-9): No primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Ela saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus mais amava. Disse-lhes: «Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram». Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Simão Pedro, que vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele observou as faixas de linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de Jesus: este pano não estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
 
«O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu»
 
Mons. Joan Enric VIVES i Sicília Bispo de Urgell (Lleida, Espanha)
 
Hoje «é o dia que o Senhor fez», iremos cantando ao longo de toda a Páscoa. Essa expressão do Salmo 117 inunda a celebração da fé cristã, O Pai ressuscitou a seu Filho Jesus Cristo, o Amado, Aquele em quem se compraz porque amou a ponto de dar sua vida por todos.
 
Vivamos a Páscoa com muita alegria. Cristo ressuscitou: celebremo-lo cheios de alegria e de amor. Hoje, Jesus Cristo venceu a morte, o pecado, a tristeza… e nos abriu as portas da nova vida, a autêntica vida que o Espírito Santo continua a nos dar por pura graça. Que ninguém fique triste! Cristo é nossa Paz e nosso Caminho para sempre. Ele, hoje, «revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime» (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes 22).
 
O grande sinal que nos dá o Evangelho é que o sepulcro de Jesus está vazio. Já não temos de procurar entre os mortos Aquele que vive, porque ressuscitou. E os discípulos, que depois o verão Ressuscitado, isto é, que o experimentarão vivo em um maravilhoso encontro de fé, percebem que há um vazio no lugar de sua sepultura. Sepulcro vazio e aparições serão os grandes sinais para a fé do crente. O Evangelho diz que «o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu» (Jo 20,8). Ele soube compreender, pela fé, que aquele vazio e, por sua vez, aquela mortalha e aquele sudário bem dobrados, eram pequenos sinais do passo de Deus, da nova vida. O amor sabe captar, a partir de pequenos detalhes, o que os outros, sem ele, não captam. O «discípulo que Jesus mais amava» (Jo 20,2) guiava-se pelo amor que havia recebido de Cristo.
 
O “ver” e o “crer” dos discípulos hão de ser também os nossos. Renovemos nossa fé pascoal. Que Cristo seja, em tudo, o nosso Senhor. Deixemos que sua Vida vivifique a nossa e renovemos a graça do batismo que recebemos. Façamo-nos seus apóstolos e seus discípulos. Guiemo-nos pelo amor e anunciemos a todo o mundo a felicidade de crer em Jesus Cristo. Sejamos testemunhos esperançosos de sua Ressurreição.
 
«Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui. Ressuscitou» (Lc 24,1-12)
 
Fr. Austin NORRIS (Mumbai, Índia)
 
Hoje, contemplamos a Glória do Senhor resplandecente em sua vitória sobre o sofrimento e a morte. Uma vida nova é prometida a todos que buscam e creem na Verdade de Jesus. Ninguém será desapontado, como não se sentiram as mulheres que «foram ao túmulo, levando os perfumes que tinham preparado» (Lc 24,1).
 
Os perfumes e unguentos que devemos carregar durante nossa existência são uma vida espalhando a Palavra de Deus, quando Jesus encarnado disse: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim,[...], viverá. [...] não morrerá jamais.» (Jo 11,25-26)
 
No meio de nossa confusão e dor parecemos nos tornar míopes em visão, porque não conseguimos ver além de nosso entorno imediato. E «por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?» (Lc 24,5) é um chamado a seguir Jesus e a buscar a presença do Senhor no “aqui e agora”; em meio ao povo do Senhor e seu sofrimento e for. Em sua carta pela Quaresma o Santo Padre Bento XVI menciona como «De fato, a salvação é dom, é graça de Deus, mas para fazer efeito na minha existência exige o meu consentimento, um acolhimento demonstrado nos fatos, ou seja, na vontade de viver como Jesus, de caminhar atrás Dele».
 
«Voltando do túmulo» (Lc 24,9) de nossas misérias, dúvidas e confusões, nós, por outro lado, somos capazes de dar a outros esperança e segurança neste vale de lágrimas. A escuridão do sepulcro «dá lugar à brilhante promessa da imortalidade.» (Prefácio da Missa dos Fiéis Defuntos). Que a glória do Senhor Jesus nos mantenha de pé com os olhos fitando o céu, e que possamos sempre ser considerados como um Povo Pascal. Que possamos passar de “Povo da Sexta-feira Santa” a “Povo da Páscoa”.
 
«Ele não está aqui! Ressuscitou» (Mt 28,1-10)
 
Frei Josep Mª MASSANA i Mola OFM (Barcelona, Espanha)
 
Hoje no Evangelho da vigília pascal, late um grande dinamismo: duas mulheres correm para o sepulcro, um terramoto, um anjo faz rodar a pedra, uns guardas assustados caem como mortos. E Jesus, vivo e ressuscitado, torna-se companheiro de caminho daquelas mulheres.
 
As mulheres são as primeiras a experimentar a ressurreição de Jesus, apenas por terem visto o sepulcro vazio e o anjo que lhes anuncia: «Vós não precisais ter medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito…» (Mt 28,5-6). São, também, as primeiras a dar testemunho da sua experiência: «Ide depressa contar aos discípulos: ‘Ele ressuscitou´» (Mt 28,7).
 
Imediatamente acreditam. Mas a sua fé é uma mistura de medo e de alegria. Sentiam medo pelas palavras do anjo, com o anúncio que vai para lá das expectativas humanas. E a alegria pela certeza da ressurreição do Senhor, porque as Escrituras tinham-se cumprido, pelo imenso privilégio da primazia pascal que receberam. A fé, pois, mesmo produzindo uma grande alegria interior, não exclui o medo.
 
Elas vão anunciar aquela experiencia do Ressuscitado, que tiveram sem a ter visto. Jesus premia-lhes esta fé e aparece-lhes durante o caminho.
 
O centro de toda a experiência de fé não é em primeiro lugar uma doutrina nem uns dogmas. É a pessoa de Jesus. A fé das mulheres do Evangelho de hoje está centrada nele, na sua pessoa e não noutra coisa. Experimentaram-no vivo e vão anunciá-lo vivo!
 
Outra mulher, Santa Clara, escrevia a Santa Inês de Praga que deveria centrar-se em Jesus ressuscitado: «Observai, considerai, comtemplai a Jesus Cristo (...). Se sofrerdes com Ele, reinareis também com Ele; se chorardes com Ele, com Ele gozareis; se morrerdes com Ele na cruz da tribulação, possuireis com Ele as eternas moradas».
 
ORAÇÃO - Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.
 
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)


Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria, rogai por nós.
 
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
 
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
 
ORAÇÃO: Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.

CELEBRAÇÃO DA SOLEDADE DE NOSSA SENHORA

Neste Sábado Santo, iremos meditar acerca das Dores de Nossa Senhora. As Dores de Nossa Senhora nos comovam o coração, impulsionando-nos para a prática do bem.
 
D- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
R- Amém!

D- Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos!
R- Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.

D- Nós contemplamos vossas dores, ó Mãe de Deus!
R- E vos seguimos no caminho da fé!
 
ORAÇÃO INICIAL: Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos méritos de vossas dores e lágrimas, a graça...(pedir a graça)
 
1ª. Dor - Apresentação de Jesus no templo
 
Nesta primeira dor veremos como o coração de Maria Santíssima foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que o Filho dela seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros. A virtude que aprendemos nesta dor é a da santa obediência. Sejamos obedientes aos superiores, porque são eles instrumentos de Deus.
 
Quando soube que uma espada lhe atravessaria a alma, desde aquele instante Maria experimentou sempre uma grande dor, mas sempre olhava para o Céu e dizia: 'Em vós confio'. Quem confia em Deus jamais será confundido. Em nossas penas, angústias, confiemos em Deus e jamais nos arrependeremos dessa confiança.
 
Quando a obediência nos trouxer qualquer sacrifício, confiando em Deus, a Ele entreguemos nossas dores e apreensões, sofrendo de bom grado por amor. Obedeçamos não por motivos humanos, mas pelo amor Daquele que por nosso amor se fez obediente até a morte de Cruz. 
 
1 Pai-Nosso - 7 Ave-Marias e Glória
 
C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.
 
2ª. Dor - A fuga para o Egito
 
Irmãos, quando Jesus, Maria e José fugiram para o Egito, foi grande dor saber que desejavam matar o seu filho, aquele que trazia a salvação! Maria não se aflige pelas dificuldades em terras longínquas; mas por ver seu filho inocente perseguido, por ser o Redentor. Maria suportou o exílio por amor e por alegria por Deus fazer dela cooperadora do mistério da salvação. No exílio Maria sofreu provocações, mas as portas do Céu futuramente abriam para Maria. Esta dor nos ensina a aceitar as provocações do dia a dia com alegria de quem sofre para agradar a Deus. Esse agir e esse procedimento chamam-se santidade. No meio da dor sofrem os infelizes, entregam-se ao desespero, porque não têm a amizade divina, que traz paz e confiança em Deus. Por isso, somos convidados a aceitar os sofrimentos por amor a Deus. Exultemos de alegria, porque grande é o nosso merecimento, assemelhando-nos a Jesus Crucificado, que tanto sofreu por amor a vossas almas! 
 
1 Pai-Nosso - 7 Ave-Marias e Glória
 
C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.
 
3ª. Dor - Perda do Menino Jesus
 
Maria procurou Jesus por três dias. Maria tinha consciência de que Ele era o Messias prometido. Quando o encontrou no Templo, no meio dos doutores, ao dizer-lhe que havia deixado sua mãe três dias em aflição, ele respondeu-lhe: “Eu vim ao mundo para cuidar dos interesses de meu Pai, que está no Céu”. À esta resposta do meigo Jesus, Maria emudeceu e compreendeu que sendo o seu Filho, Homem e Deus, aquele que salva assim deveria proceder, submetendo a sua vida à vontade de Deus, que muitas vezes nos fere em proveito de nossos irmãos.
 
Jesus deixou Maria por três dias angustiada para proveito da salvação. Aqui devemos contemplar as mães que choram, ao verem os seus filhos generosos ouvirem o chamamento divino, aprendendo com Maria a sacrificar o seu amor natural. Se seus filhos forem chamados para trabalhar na vinha do Senhor, não abafem tão nobre aspiração, como é a vocação religiosa. Mães e pais dedicados, ainda que o seu coração sangre de dor, deixem seus filhos partirem, deixem corresponder aos desígnios de Deus, que usa com eles de tanta predileção. Pais que sofrem, ofertem a Deus a dor da separação, para que seus filhos, que foram chamados, possam ser na realidade bons filhos Daquele que os chamou. Lembrem-se que seus filhos a Deus pertencem e não a vocês. Devem criá-los para servir e amar a Deus neste mundo, e um dia no Céu O louvarem por toda a eternidade.
 
Pobres aqueles que querem prender seus filhos, abafando-lhes a vocação! Os pais que assim procedem podem levar seus filhos à perdição eterna e ainda terão que dar contas a Deus no último dia. Porém, protegendo suas vocações, encaminhando-os para tão nobre fim, que bela recompensa receberão estes pais afortunados! Ainda que aqui chorem de saudades e a separação lhes custe muitas lágrimas, eles serão abençoados! E vocês, filhos prediletos chamados por Deus, procedam como Jesus procedeu comigo: primeiramente obedeça à vontade de Deus, que os chamou para habitar na sua casa, quando diz: 'Quem ama seu pai e sua mãe mais do que a mim não é digno de Mim'. Vigiem se, por causa de um amor natural, deixam de corresponder ao chamado divino!
 
Almas eleitas chamadas e que sacrificam as afeições mais caras e a sua própria vontade para servir a Deus! Grande é sua recompensa. Avante! Sejam generosas em tudo e louvem a Deus por terem sido escolhidas para tão nobre fim.
 
Vocês que choram, pais, irmãos, regozijam-se, porque suas lágrimas um dia converter-se-ão em pérolas, como as de Maria Santíssima se converteram em favor da humanidade.
 
1 Pai-Nosso - 7 Ave-Marias e Glória
 
C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.
 
4ª. Dor - Doloroso encontro no caminho do Calvário
 
Contemplemos e vejamos se há dor semelhante à dor de Maria Santíssima, quando encontrou-se com seu divino Filho a caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso.
 
'É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da mansão da paz!' Lembremo-nos de suas palavras e aceitemos a vontade do Altíssimo, nossa força em horas tão cruéis de nossa vida.
 
Ao encontrá-lo, Jesus fitou os olhos de Maria e a fez compreender a dor de sua alma. Não pôde dizer-lhe palavra, porém a fez compreender que era necessário que se unisse à Sua grande dor. Amados irmãos, a união da grande dor de Maria e Jesus nesse encontro tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas!
 
Almas que temem o sacrifício aprendam nesta meditação a se submeterem à vontade de Deus, como Maria e Jesus se submeteram! Aprendam a calar nos seus sofrimentos.
 
No nosso silêncio, nesta dor imensa, armazenamos riquezas imensuráveis! Nossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos pela dor, recorrermos a Maria, fazendo a meditação deste encontro dolorosíssimo. O valor do nosso silêncio se converte em força, quando nas horas difíceis soubermos recorrer à meditação desta dor!
 
Como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos! Há almas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Jesus e Maria tudo suportaram em silêncio por amor a Deus!
 
A dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica! Sem a humildade, trabalhamos em vão; vejam, pois, como a dor é necessária para a nossa santificação.
 
Aprendamos a sofrer em silêncio, como Maria e Jesus sofreram neste doloroso encontro no caminho do Calvário. 
 
1 Pai-Nosso - 7 Ave-Marias e Glória
 
C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.
 
5ª. Dor - Aos pés da Cruz
 
Na meditação desta dor encontraremos consolo e força para nossas almas contra mil tentações e dificuldades e aprenderemos a ser fortes em todos os combates de nossa vida.
 
Contemplemos Maria aos pés da Cruz, assistindo à morte de Jesus, com a alma e o coração transpassados com as mais cruéis dores!
 
Não nos escandalizemos com o que fizeram os judeus! Eles diziam: 'Se Ele é Deus, por que não desce da cruz e se livra a si próprio?!' Infelizes aqueles que não crêem que Jesus é o Messias. Não podem compreender que um Deus se humilhasse tanto e que a sua divina doutrina pregava a humildade. Jesus precisava dar o exemplo, para que seus filhos tivessem a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste mundo, que têm nas veias a herança do orgulho. Infelizes os que, à imitação dos que crucificaram a Jesus, ainda hoje não sabem se humilhar!
 
Depois de três horas de tormentosa agonia, Jesus morre, deixando Maria na mais negra escuridão! Sem duvidar um só instante, ela, contido, aceitou a vontade de Deus e, no seu doloroso silêncio, entregou ao Pai sua imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos.
 
Entretanto, quem a confortou nessa hora angustiosa? Fazer a vontade de Deus foi o seu conforto; saber que o Céu foi aberto para todos os filhos foi seu consolo! Porque Maria também no Calvário foi provada com o abandono de toda consolação!
 
Sofrer em união com os sofrimentos de Jesus encontra consolo; sofrer por ter feito o bem neste mundo, recebendo desprezos e humilhações encontra força.
 
Que glória para nossas almas se um dia, por amarmos a Deus com todo o nosso coração, formos também perseguidos!
 
Aprendamos a meditar muitas vezes esta dor, que ela nos dará força para sermos humildes: virtude amada de Deus e dos homens de boa vontade.
 
1 Pai-Nosso - 7 Ave-Marias e Glória
 
C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.
 
6ª. Dor - Uma lança atravessa o Coração de Jesus
 
Com a alma imersa na mais profunda dor, Maria viu Longinus transpassar o coração de seu Filho, sem poder dizer uma palavra! Derramou muitas lágrimas... Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e no coração!
 
Depois depositaram Jesus em seus braços, não cândido e belo como em Belém... Morto e chagado, parecendo mais um leproso do que aquele adorável e encantador menino, que tantas vezes apertara ao seu coração!
 
Se Maria tanto sofreu, não será ela capaz de compreender os nossos sofrimentos? Por que, então, não recorramos a Maria com mais confiança, ela que tem tanto valor diante do Altíssimo?
 
Por muito ter sofrido aos pés da cruz, muito lhe foi dado! Se não tivesse sofrido tanto, não teria recebido os tesouros do Paraíso em suas mãos.
 
A dor de ver transpassar o Coração de Jesus com a lança, conferiu a Maria o poder de introduzir, em seu amável Coração, a todos aqueles que a ele recorrerem. Corramos todos a Maria, porque ela pode nos colocar dentro do Coração Santíssimo de Jesus Crucificado, morada de amor e de eterna felicidade!
 
O sofrimento é sempre um bem para a alma. Regozijemo-nos, pois, com Maria, que foi a segunda mártir do Calvário! Sua alma e seu coração participaram dos suplícios do Salvador, conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira mulher! Jesus foi o novo Adão e Maria a nova Eva, livrando assim a humanidade do cativeiro no qual se achava presa.
 
Para correspondemos, porém, a tanto amor, sejamos muito confiantes em Maria, não nos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário, confiemos todos os nossos receios e dores a Ela, que saberá dar em abundância os tesouros do Coração de Jesus!
 
Não nos esqueçamos de meditar esta imensa dor, quando nossa cruz estiver pesada. Nela encontraremos força para sofrer por amor a Jesus que sofreu na Cruz a mais infame das mortes.
 
1 Pai-Nosso - 7 Ave-Marias e Glória
 
C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.
 
7ª. Dor - Jesus é sepultado

Quanta dor padeceu Maria quando teve que ver sepultado seu Filho. A quanta humilhação seu Filho se sujeitou, deixando-se sepultar, sendo Ele o mesmo Deus! Por humildade, Jesus submeteu-se à própria sepultura, para depois, glorioso, ressuscitar dentre os mortos!
 
Bem sabia Jesus o quanto Maria sofreria vendo-o sepultado; não a poupando, quis que Maria também fosse participante na sua infinita humilhação!
 
Vejamos como Deus amou a humilhação! Tanto que deixou-se sepultar nos santos Sacrários, a esconder sua majestade e esplendor, até o fim do mundo! Na verdade, o que se vê no Sacrário? Apenas uma Hóstia Branca e nada mais! Ele esconde sua magnificência debaixo da massa branca das espécies de pão! E não o admiramos tanto quanto Ele merece, por Jesus assim Se humilhar até o fim dos séculos!
 
A humildade não rebaixa o homem, pois Deus Se humilhou até à sepultura e não deixou de ser Deus.
 
Se queremos corresponder ao amor de Jesus, devemos mostrar que O amamos, aceitando as humilhações. A aceitação da humilhação nos purifica de toda e qualquer imperfeição e, desprendendo-nos deste mundo, passamos desejar mais intensamente o Paraíso.
 
Apresentamos estas sete Dores de Maria, não para queixar somente, mas para mostrar as virtudes que devemos praticar, para um dia estar ao seu lado e ao lado de Jesus! Receberemos a glória imortal, que é a recompensa das almas que, neste mundo, souberam morrer para si, vivendo só para Deus!
 
Nossa Mãe nos abençoa e nos convida a meditar muitas vezes nestas palavras ditadas, porque muito nos amo.
 
1 Pai-Nosso - 7 Ave-Marias e Glória
 
C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.
 
ORAÇÃO FINAL
Ó Mãe das Dores, Rainha dos mártires, que tanto chorastes vosso Filho, morto para me salvar, alcançai-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida. Mãe, pela dor que experimentastes quando vosso divino Filho, no meio de tantos tormentos, inclinando a cabeça expirou à vossa vista sobre a cruz, eu vos suplico que me alcanceis uma boa morte. Por piedade, ó advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e na passagem desta vida à eternidade. E, como é possível que, neste momento, a palavra e a voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o de Jesus, rogo-vos, desde já, a vós e a vosso divino Filho, que me socorrais nessa hora extrema, e assim direi: Jesus e Maria, entrego-vos a minha alma. Amém.

quarta-feira, 27 de março de 2024

Sábado Santo - Mês de São José

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
- Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
Jesus desceu à Mansão dos Mortos
 
“Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados - o Justo pelos injustos - para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão.” (1Pd 3,18-19).
 
O que significa este artigo da nossa Profissão de Fé, este artigo: “desceu à Mansão dos Mortos”?
 
1. JESUS CONHECEU A MORTE COMO TODOS OS SERES HUMANOS.  Sua alma desce à morada dos mortos, enquanto seu corpo permanece na sepultura.
 
2. A SALVAÇÃO REALIZADA POR JESUS TEM UM ALCANCE UNIVERSAL. Não somente os seus contemporâneos ou os que viriam depois, na Igreja, mas todos os homens, além de todos os limites do espaço e do tempo, e de todas as condições humanas.
 
3. A VITÓRIA DE JESUS SOBRE A MORTE E O DIABO. Jesus vence a morte (entrando com sua Morte em seu domínio da morte); e o diabo (autor e “dominador” da morte).
 
Hoje é dia de abrirmos as portas da nossa Mansão dos Mortos, e permitir que Jesus venha e entre vitorioso para destruir em nós o pecado, a fim de que, amanhã, possamos ressuscitar com Ele, não apenas ‘celebrando’ a Páscoa, mas vivendo-a em nós mesmos.
 
Segundo dia do Tríduo Pascal.
 
P. Jacques PHILIPPE (Cordes sur Ciel, França)
 
Hoje, não meditamos nenhum evangelho em particular, dado que é um dia que carece de liturgia. Mas, com Maria, a única que permaneceu firme na fé e na esperança depois da trágica morte de seu Filho, preparamo-nos, no silêncio e na oração, para celebrar a festa da nossa libertação em Cristo, que é o cumprimento do Evangelho.
 
A coincidência temporal dos acontecimentos entre a morte e a ressurreição do Senhor e a festa judaica anual da Páscoa, memorial da libertação da escravidão no Egito, permite compreender o sentido libertador da cruz de Jesus, novo cordeiro pascal, cujo sangue nos preserva da morte.
 
Outra coincidência no tempo, menos assinalada porém sem dúvida muito rica em significado, é a que existe com a festa judaica semanal do “Sabbat”. Esta começa na tarde de sexta-feira, quando a mãe de família acende as luzes em cada casa judia, terminando no sábado de tarde. Recordando que depois do trabalho da criação, depois de ter feito o mundo do nada, Deus descansou no sétimo dia. Ele quis que também o homem descanse no sétimo dia, em ação de graças pela beleza da obra do Criador, e como sinal da aliança de amor entre Deus e Israel, sendo Deus invocado na liturgia judaica do Sabbat como o esposo de Israel. O Sabbat é o dia em que se convida cada um a acolher a paz de Deus, o seu “Shalom”.
 
Deste modo, depois do doloroso trabalho da cruz, «em que o homem é forjado de novo» segundo a expressão de Catarina de Sena, Jesus entra no seu descanso no mesmo momento em que se acendem as primeiras luzes do Sabbat: “Tudo está realizado” (Jo 19,30). Agora completou-se a obra da nova criação: o homem, antigo prisioneiro do nada do pecado, converte-se numa nova criatura em Cristo. Uma nova aliança entre Deus e a humanidade, que nada poderá jamais romper, acaba de ser selada, já que doravante toda a infidelidade pode ser lavada no sangue e na água que brotam da cruz.
 
Diz a Carta aos Hebreus: «Por isso, resta um repouso sabático para o povo de Deus» (Hb 4,9). A fé em Cristo a ele nos dá acesso. Que o nosso verdadeiro descanso, a nossa paz profunda, não a de um só dia, mas para toda a vida, seja uma esperança total na infinita misericórdia de Deus, de acordo com o convite do Salmo 16: «A minha carne descansará na esperança, pois tu não entregarás a minha alma ao abismo». Que nos preparemos com um coração novo para celebrar na alegria as bodas do Cordeiro e nos deixemos desposar plenamente pelo amor de Deus manifestado em Cristo.
 
Sábado Santo – Jesus desceu à Mansão dos Mortos
 
+ Pe. Joan BUSQUETS i Masana (Sabadell, Barcelona, Espanha)
 
Hoje, propriamente, não há “evangelho” para meditar ou —melhor— deveríamos meditar todo o Evangelho em maiúscula (a Boa Nova), porque todo ele desemboca no que hoje recordamos: a entrega de Jesus à Morte para ressuscitar e dar-nos uma Vida Nova.
 
Hoje, a Igreja não se separa do sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e sua Morte. Não celebramos a Eucaristia até que haja terminado o dia, até amanhã, que começará com a Solene Vigília da ressurreição. Hoje é dia de silêncio, de dor, de tristeza, de reflexão e de espera. Hoje não encontramos a Reserva Eucarística no sacrário. Há só a lembrança e o símbolo de seu “amor até o extremo”, a Santa Cruz que adoramos devotamente.
 
Hoje é o dia para acompanhar Maria, a mãe. Devemos acompanhá-la para poder entender um pouco o significado deste sepulcro o qual velamos. Ela, que com ternura e amor guardava em seu coração de mãe os mistérios que não acabava de entender daquele Filho que era o Salvador dos homens, está triste e sofrendo: «Ela veio para a sua casa, mas os seus não a receberam» (Jo 1,11). É também a tristeza da outra mãe, a Santa Igreja, que sofre pela rejeição de tantos homens e mulheres que não acolheram Aquele que para eles era a Luz e a Vida.
 
Hoje, rezando com estas duas mães, o seguidor de Cristo reflete e vai repetindo a antífona da pregaria das Laudes: «Cristo humilhou-se a si mesmo tornando-se obediente até a morte e morte de cruz! «Por isso o exaltou grandemente e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome» (cf. Fl 2,8-9).
 
Hoje, o fiel cristão escuta a Homilia Antiga sobre o Sábado Santo que a Igreja lê na liturgia do Ofício de Leitura: «Hoje há um grande silêncio na terra. Um grande silêncio e solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra se estremeceu e se ficou imóvel porque Deus está dormindo em carne e ressuscitou aos que dormiam há séculos. “Deus morreu na carne e despertou os do abismo».
 
Preparemo-nos com Nossa Senhora da Soledade para viver a explosão da Ressurreição e para celebrar e proclamar —quando se acabe este dia triste— com a outra mãe, a Santa Igreja: Jesus ressuscitou tal como o havia anunciado! (cf. Mt 28,6).
 
Sábado Santo
 
Do site da Opus Dei
 
* O Sábado Santo pode ser para nós “o dia do Tríduo pascal que mais descuidemos, ansiosos por passar da cruz da sexta feira à aleluia do domingo”.
Para que isto não nos aconteça, podemos prestar atenção nas mulheres que acompanharam a Virgem Maria o tempo todo. “Para elas, como para nós, era a hora mais obscura. Naquela situação, porém, as mulheres não ficaram paralisadas, não cederam às forças obscuras dos lamentos e do remorso, não se fecharam no pessimismo, não fugiram da realidade. Fizeram algo simples e extraordinário: prepararam em suas casas os aromas para o corpo de Jesus. (...) Sem consciência disso, essas mulheres estavam preparando na escuridão daquele sábado o amanhecer do ‘primeiro dia da semana’, o dia que mudaria a história”.
 
Hoje Jesus Cristo repousa no sepulcro. Mãos amigas, com carinho, colocaram-no naquele lugar, propriedade de José de Arimateia, perto do Calvário. Onde estão os apóstolos? Os evangelhos não dizem nada, mas no entardecer daquele sábado talvez estivessem indo um a um até o Cenáculo, onde dias antes tinham se reunido com o Mestre. Quanto desânimo em suas conversas! Traíram a Jesus. A tal ponto deve ter chegado o desalento que talvez tenham tido a ideia de deixar tudo e voltar às coisas de antes, como se os últimos três anos tivessem sido apenas um sonho. No entanto, “no silêncio que envolve o Sábado Santo, embargados pelo amor ilimitado de Deus, vivemos à espera do alvorecer do terceiro dia, o alvorecer do triunfo do amor de Deus, o surgimento da luz que permite aos olhos do coração ver de modo novo a vida, as dificuldades, o sofrimento. A esperança ilumina os nossos fracassos, nossas desilusões, nossas amarguras, que parecem marcar o desmoronamento de tudo”.
 
* Há algo diferente nas santas mulheres: foram fiéis até o último momento. Observaram atentamente como tudo ficara para, depois do repouso do sábado, poder voltar e terminar de embalsamar Jesus. Explica-se o desalento deles e delas: ainda não haviam testemunhado, nem os apóstolos e nem elas a ressurreição de Cristo. Apesar de tudo, não querem deixar de prestar esse serviço. O seu carinho é mais forte que a morte. Gostaríamos também, por outro lado, de ser tão valentes quanto José de Arimateia e Nicodemos, que “na hora da soledade, do abandono total e do desprezo...expõem-se(...). Eu subirei com eles até junto da Cruz, apertar-me-ei ao Corpo frio, cadáver de Cristo, com o fogo do meu amor..., despregá-lo-ei com os meus desagravos e mortificações..., envolvê-lo-ei com o lençol novo da minha vida limpa, e o enterrarei em meu peito de rocha viva, de onde ninguém nos poderá arrancar”. Quando já quase ninguém espera nada de Cristo, esses personagens da Escritura não encolhem os ombros. Não têm nada a ganhar, podem perder tudo, mas querem igualmente demonstrar o seu carinho a Jesus.
 
Por outro lado, o Sábado Santo não pode ter sido para a Virgem um dia triste, embora doloroso. A fé, a esperança, e o amor mais terno por seu divino filho dar-lhe-iam paz, fá-la-iam aguardar a ressurreição com uma ânsia serena. Recordaria, entretanto, as últimas palavras de Jesus: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26); começaria já a exercer a sua maternidade sobre aqueles homens e aquelas mulheres que haviam seguido Cristo desde os primeiros tempos. Maria procuraria reanimar a fé e a esperança dos apóstolos, recordando-lhes as palavras que tinham ouvido pouco antes dos lábios do Senhor: “Escarnecerão dele, cuspirão nele, açoitá-lo-ão, e hão de matá-lo; mas ao terceiro dia ele ressurgirá” (Mc 10, 34). O Senhor tinha falado bem claro para que, quando viessem momentos de dificuldades, soubessem segurar-se com fé em sua palavra. Junto à recordação dolorosa dos sofrimentos padecidos por Jesus Cristo, um alívio grande apoderar-se-ia de seu coração de Mãe ao pensar que tudo tinha passado: “Agora tudo passou. Concluiu-se a obra da nossa Redenção. Já somos filhos de Deus, porque Jesus morreu por nós e a sua morte nos resgatou”.
 
* Junto da Virgem, à luz de sua esperança, os seus corações se inflamariam. “E se tudo aquilo fosse verdade?”, pensavam talvez os apóstolos. “E se Jesus Cristo ressuscitasse de verdade como havia prometido?” Como em outros tempos tinham estado todos juntos em volta do Filho, gostariam agora de estar perto da Mãe. Maria enviou certamente alguns para procurar os que talvez ainda não tivessem aparecido. É possível que ela esperasse encontrar Tomé para consolar o seu coração atemorizado. No momento da prova, souberam recorrer a Maria, e “com Ela, que fácil!”.
 
Queremos apoiar a nossa fé na dela: sobretudo quando as coisas custam, quando chegam dificuldades e momentos de escuridão. São Bernardo havia-o experimentado bem: “Quando se levantam os ventos das tentações, quando tropeças nos escolhos das tribulações, olha a Estrela, chama a Maria”. Deus quer que ela seja para nós advogada, mãe, caminho seguro para encontrar outra vez a luz nos momentos de escuridão.
 
Quem recorre à poderosa intercessão de Santa Maria sabe que nunca se ouviu dizer que alguém que tenha confiado em Nossa Senhora tenha ficado desamparado, por mais que o momento fosse duro e grande a confusão da alma. Podemos dizer a Jesus: “Apesar da tristeza que possamos albergar, sentiremos que devemos esperar, porque contigo a cruz floresce em ressurreição, porque tu estás conosco na escuridão de nossas noites, és certeza em nossas incertezas, palavras em nossos silêncios e nada poderá roubar jamais o amor que nos tens”. Junto de Maria, Mãe da esperança, voltará a crescer a nossa fé nos méritos de seu filho Jesus.
 
ORAÇÃO - Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.
 
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)

 
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria, rogai por nós.
 
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
 
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
 
ORAÇÃO: Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.


VIA SACRA EM HONRA AS SANTAS CHAGAS

I ESTAÇÃO - JESUS É CONDENADO À MORTE

 
V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.  (Ef 5:2Ef 5,2)
 
V:Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, flagelado, coroado de espinhos, repudiado por seu povo e condenado à morte cruel na cruz para expiar o pecado do gênero humano. Pelos méritos das Santas Chagas de Jesus, concedei-nos o perdão de nossos pecados e faltas, e fazei com que os agonizantes achem a misericórdia junto de vós. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
II  ESTAÇÃO - JESUS CARREGA A PESADA CRUZ.

 
V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Ele mesmo levou, em seu corpo, os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes curados.  (1Pd 2,24)
 
V:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos a chaga profunda e dolorosa do santo ombro de Jesus, sobre o qual se apoiava tão pesadamente o fardo esmagador da cruz. Pelos méritos desta Chaga concedei-nos a contrição perfeita de nossos pecados e a graça de aceitar com paz e mansidão de espírito todas as cruzes que tenhamos na vida. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas!
 
III ESTAÇÃO - JESUS CAI SOB O PESO DA CRUZ

 
V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.  (Is 53,4-5)
 
V:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
Pai Eterno, nós vos oferecemos as chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo caído sob o peso esmagador da cruz. Pelos méritos desta primeira queda e das Santas Chagas de Jesus,  nós vos pedimos que nos concedais a graça de começar uma nova vida de fervor e de amor, e de andar com passo firme e constante no caminho dos vossos mandamentos. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
IV ESTAÇÃO - JESUS ENCONTRA SUA MÃE SANTÍSSIMA


V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: O amor é tão forte quanto a morte... Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor. Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado.  (Ct 8:6,7)
 
V: Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, que transpassaram como uma espada de dor o coração amantíssimo de Sua Santíssima Mãe, quando ela O encontrou carregando a cruz a caminho do calvário. Pelos méritos da angústia dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria e pelas Santas Chagas de Jesus, concedei-nos a contrição perfeita de nossos pecados, agora e na hora da morte. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
V  ESTAÇÃO - SIMEÃO CIRINEU AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ
 

V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus. (Lc 23,36)
 
V: Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas tão profundas de Nosso Senhor Jesus Cristo, que lhe esgotaram o sangue e as forças, de modo que seus inimigos, apesar de sua crueldade, foram obrigados a descarregá-lo da cruz e fazer com que Cirineu o auxiliasse. Pelos méritos das Santas Chagas de Jesus e por seu esgotamento total, concedei-nos o verdadeiro espírito de penitência e de amor à Santa Cruz. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
VI  ESTAÇÃO - VERÔNICA ENXUGA AMOROSAMENTE A FACE DE JESUS.
 

V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Senhor, é vossa face que eu procuro; não me escondais a vossa face (Sl 27,8)
 
D:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
T: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas da Santa face de Jesus Cristo que O tornaram semelhante a um leproso, deformado e sem beleza, ou segundo a palavra do profeta: “Como um objeto de que a gente se afasta”. Pelos méritos das Santas Chagas de Jesus, vos suplicamos que purifiqueis a face de nossa alma; dai-nos como o de Santa Verônica, um coração bom e compassivo para com o próximo. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
VII  ESTAÇÃO - JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
 

V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.  (Is 53,10)
 
D:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
T: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas da Santa face de Nosso Jesus Cristo, reabertas e reavivadas por suas quedas repetidas. Pelos méritos desta segunda queda tão dolorosa e das Santas Chagas de Jesus, preservai-nos das recaídas no pecado e concedei-nos a graça de colocar em prática, os meios eficazes de correção dos nossos defeitos e maus hábitos. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
VIII  ESTAÇÃO - JESUS CONVERSA COM AS FILHAS DE JERUSALÉM.
 

V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. (Fl 2,1-2)
 
V:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas da Santa face de Nosso Jesus Cristo, que comoveram as piedosas mulheres de Jerusalém, que choraram de compaixão vendo-o tão maltratado e desfigurado. Em nome das Santas Chagas de Jesus, voltai um olhar de misericórdia sobre toda a humanidade, a fim de que, reconhecendo seu Divino Messias, tenham parte no grande benefício da Redenção e se tornem apóstolos zelosos de Cristo. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
IX  ESTAÇÃO - JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ

 
V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por elas dominados, estão em pior estado do que no princípio.  (Pd 2,20)
 
D:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas da Santa face de Nosso Jesus Cristo, agravadas e aumentadas pela violência desta queda tão dolorosa que aumentou a cólera e as zombarias de seus inimigos. Pelos méritos desta terceira queda e das Santas Chagas de Jesus, preservai-nos da cegueira espiritual e concedei a todos os vossos sacerdotes, aos vossos religiosos e religiosas, a graça de andar com passo firme e constante no caminho da renúncia de si mesmo. Amém.
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
X  ESTAÇÃO - JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES


V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: ⁹Vós já vos despistes do velho homem com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou. (Cl 3,9-10)
 
V:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas abertas do Sagrado Corpo de Jesus, gotejando sangue, depois de ser desumanamente despojado de suas vestes que estavam coladas à carne. Pelos méritos das Santas Chagas de Jesus e dos sofrimentos que experimentou, concedei-nos a santa humildade e um completo desapego de mim mesmo. Amém! Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas!
R: Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
XI ESTAÇÃO – JESUS É CRUCIFICADO

 
V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés. Poderia contar todos os meus ossos; eles veem e me contemplam. (Sl 22, 16-17)
 
D:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.
T: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas tão torturantes das mãos e dos pés do Divino Salvador e a dor de sua cabeça adorável que a cada golpe de martelo pulava e recaía com toda força de encontro ao madeiro da cruz. Pelos méritos das dores insuportáveis de Jesus e pelas Santas Chagas, transpassai como um raio de vossa graça, os corações endurecidos dos pecadores e conduzi todos, arrependidos e humilhados, aos pés da Cruz de Vosso filho bem-amado. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
XII  ESTAÇÃO - JESUS MORRE NA CRUZ

 
V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. (Fl 2,5-8)
 
D:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
T: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas Sagradas de Vosso Filho bem-amado agonizando sobre a cruz, as torturas terríveis em sua cabeça adorável, já coroada de espinhos, de suas mãos e de seus pés transpassados por grossos cravos e de seu corpo todo entregue a sofrimentos indescritíveis. Em nome de Jesus e pelas suas Santas Chagas, vos suplicamos que livreis as almas do purgatório; tende misericórdia dos agonizantes e fazei desaparecer todos os nossos pecados no abismo profundo de Vossa Divina Misericórdia. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V: Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
XIII  ESTAÇÃO - JESUS É ENTREGUE À SUA SANTA MÃE

 
V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta, a mim que o Senhor feriu no dia de sua ardente cólera. (Lm 1,12)
 
D:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
T: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, depositado nos braços de Sua Mãe Santíssima. Ó Rainha dos mártires, imprimi em nossos corações as Chagas de Jesus Crucificado. Ensinai-nos a meditar em sua coroa de espinhos, em suas mãos e  pés transpassados. Seu lado aberto pela lança e seu corpo inteiro pisado, todo marcado pelas chicotadas da flagelação. Pelos méritos das Santas Chagas de Jesus, alcançai-nos, ó mãe querida, a contrição perfeita de nossos pecados, agora e na hora de nossa morte. Amém
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V. Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R. Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
XIV ESTAÇÃO - JESUS É SEPULTADO

 
V: Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R:  Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.
 
L: No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim; e no jardim, um sepulcro novo, onde ninguém jamais fora colocado. Por ser o Dia da Preparação para os judeus e visto que o sepulcro ficava perto, colocaram Jesus ali. (Jo 19, 41-42)
 
D:Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos
T: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 
D: Pai Eterno, nós vos oferecemos as Chagas do Corpo Sagrado de Jesus, depositado no sepulcro. O profeta Isaías nos diz que “da planta dos pés ao alto da cabeça nada havia são em seu Corpo. Jesus está todo ferido, marcado com chagas vivas que não foram tratadas, nem curadas, nem tratadas com óleo. Pelos méritos das Santas Chagas de Jesus, tende piedade de nossas almas, quando nos separarmos de nossos corpos. Não sejais nosso juiz, mas nosso Salvador. Amém !
 
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai
 
V. Senhor Jesus, perdão e misericórdia.
R. Pelos méritos de Vossas Santas Chagas !
 
ORAÇÃO FINAL
Oh! Dulcíssimo Jesus, fonte de amor e de salvação, estou arrependido de todos os meus pecados, por causa das Vossas dores. Prometo viver conforme Vossa Santíssima Vontade, aproveitar o Alimento Eucarístico, o Sangue derramado, e a Morte que por mim, sofrestes. E vós, Virgem Dolorosíssima, interponde a Vossa poderosa intercessão para que eu nunca mais ofenda a Jesus. Oh! meu Salvador, salvai-me, por Vossas Dores, pelo Vosso Sangue, pela Vossa infinita misericórdia. Amém.